Depois de meses de preparação, vendendo rifas para arrecadar dinheiro, buscando doadores, enfim, hoje a festa de natal para as crianças carentes, organizada pelo JUCA, saíu!
O grupo de jovens conhecido como Juventude a Caminho, proporcionou nesta tarde, uma festa repleta de brincadeiras, bexigas, presentes, alegrias e sorrisos, à crianças muito carentes da comunidade de Vila Prudente, São Paulo.
Eu, como integrante do grupo de jovens, participei desta tarde maravilhosa ao lado destas crianças. E posso afirmar que minha maior felicidade foi poder ver um sorriso no rostinho de cada criança ao escrever uma cartinha ao papai noel. Encarregada de recolher as cartas para levar ao tão esperado papai noel, tive a alegria de ajudar algumas crianças a escreverem. E um fato que me chamou muito à atenção, foi que a maioria das cartinhas, começavam assim:
"Querido Papai Noel..."
Os pedidos variavam entre barbies, tablet's e Max Steel's. As crianças, escreviam e desenhavam para o papai noel, com tanta felicidade, de maneira a acreditar cegamente que sim, o papai noel é aquele senhor gorduxo e barbudo, que vem do Pólo Norte de trenó, viajando entre escuras nuvens, pelo mundo, entregando presentes na noite de natal.
E essa magia do natal? E esses sonhos que tivemos desde crianças, com o papai noel? E as nossas reações diante da verdade de que o papai noel não é realmente quem pensávamos ser? E as decepções de quando não ganhávamos o presente que realmente desejávamos?
É triste ver que muitas crianças, morreram dentro de nós mesmos. É triste ver que com o passar do tempo, esquecemos todos os nossos sonhos e anseios, esquecemos a magia de brincar, de correr ou de simplismente abrir um sorriso ao ver o papai noel.
O brilho nos olhos das crianças que vi hoje, a alegria das palmas e dos sorrisos de orelha a orelha das crianças, ao verem o papai noel, me fizeram voltar no tempo. E me perguntar:
O que eu queria ser quando crescer? Quais eram meus sonhos? O que fazia meus olhos brilharem de alegria?
Em meio à essas perguntas, encerro meu texto, tentando decifrar meus sonhos de quando ainda era menina, de quando eu ainda não havia descoberto as verdades dos contos de fada e da existência do papai noel.
Tábata Bueno.
